Já disse um sábio alguém,
que esse mundo é velho e sem porteira.
Deve ser por isso que venta tanto.
Em dias como hoje eu amo o vento.
gosto do vento, porque desfaz o mormaço,
como a memoria do Teu sorriso,
imagem que desfaz o laço do abandono
do dia cinza, na cidade cinza, que cheira a cinza
abandonado em meio a multidão,
abandonado em meio a confusão ruidosa
de pensamentos e palavras soltas
manchas vermelhas e vidas desfeitas;
(re)feitas de retalhos.
Uma colcha de avó pra se abrigar do vento
Uma vida antiga pra não ver quem me ve
Um abrigo para quebrar o medo
medo de perder abrigo, de perder amigos
de sentir demais o que ninguem percebe
de sonhar demais com um fardo leve
fugindo do vento, ignorando o tempo;
olhando pro chão e não para o céu;
correndo demais, com o passo lento;
sentindo o gosto amargo do fel;
Ignorando o Amor de quem nos ve por dentro;
e por sentir na paz, o sabor do mel;
Já disse, digo e repito: eu amo o vento.
20070202
[20070201]
Postado por
J.Monaco
em
Friday, February 02, 2007
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